segunda-feira, 13 de janeiro de 2014





Like a Rolling Stone

 

Pois estava na Avenida Nossa Senhora de Copacabana, dedicado ao mister de não fazer nada quando, subitamente, me veio à cabeça o ideário de Keith Richards em sua autobiografia.

 

        Como se sabe, Richards ingeriu toneladas de todos os tipos de droga. Houve um tempo em que ele arrastava-se de shows para camarins, como se vivesse a crônica da morte anunciada. Seus amigos poderiam ter feito apostas sobre o dia e hora que morreria. Sua fotógrafa e amiga Annie Leibovitz registrou momentos em que Richards tinha virado um farrapo humano.

 

        Keith Richards, agora em dezembro, fez setenta anos. E continua trabalhando do mesmo modo quando tinha vinte anos, participando de excursões  dos Rolling Stones.  Não se droga mais. Por que não morreu?

 

        Ele mesmo responde: - Sempre tomei drogas puras, elaboradas por bons laboratórios, como Pfizer e outros. Nunca tomei porcarias, chamadas de “chinelo mexicano”.

 

        Através desse genial guitarrista, do qual sou fã incondicional, fiquei sabendo que, sim, conceituados laboratórios preparam cocaína e heroína de maneira profissional, com alto teor de pureza. Pelo depoimento de Richards, verifica-se que essas drogas, feitas por mãos competentes, podem ser, relativamente, seguras.

 

        Ali, na Nossa Senhora de Copacabana, tive a certeza que a legalização das drogas, de todas as drogas, é só uma questão de tempo. É possível que eu ainda veja drogas variadas sendo vendidas em farmácias ou, talvez, em supermercados.

 

        Certamente o caminho das drogas, até até sua legalização, obedecerá a um cronograma. Certamente drogas mais pesadas seguirão os passos da maconha, informalmente liberada no Brasil e oficialmente vendida em países como Uruguai e parte dos EUA. Primeiramente, com receita médica, como coadjuvante em tratamento de doenças dolorosas e, depois, como recreação.

 

        Os resultados dessa prática seriam estupendos. As drogas são a mercadoria mais vendida no mundo inteiro, perdendo apenas para o petróleo. A legalização delas desmontaria poderosos cartéis criminosos e, ouso dizer, traria a desgraça de muitos políticos.

 

        Sendo legalizadas, as drogas poderiam ser taxadas e gerariam importantes recursos para a saúde em geral e tratamento de dependentes em particular, que são minoria.

 

        Vida longa a Keith Richards!

 


 

2 comentários:

  1. Certamente isto está longe de acontecer. No Narcotráfico, o que dá dinheiro grosso mesmo, é o seu combate. Os.E.U.A.,´SÓ ELES, gastaram 50 BIilhões de dólares ano passado.NUM UNICO ANO. Então talvez o grande negócio mesmo sejam as armas,munição e todo o aparato de segurança vendido cada vez mais.

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