O PRESTIDIGITADOR
Pois a formiguinha queria atravessar uma ponte, muito extensa para ela. Pediu carona, então, para seu amigo elefante. Após a travessia, a formiguinha comentou com o elefante:
- Balançamos essa ponte, não, elefante?
Essa velha e gasta piada me veio à memória quando nosso governador, Tarso Genro, tomou para si a glória do PIB gaúcho deste mês, de dois dígitos. Todos sabemos que o inusitado PIB deve-se, unicamente, ao desempenho da agricultura do Rio Grande do Sul, que, além muito de moderna e eficiente, teve ajuda da meteorologia e da situação do mercado internacional da soja.
Todos sabemos que o governo do Estado do Rio Grande do Sul está falido há vinte anos, embora a sucessiva troca de partidos comandando o governo estadual. Todos sabemos que o governo do Estado do Rio Grande do Sul há muito não investe nada nesses rincões, por absoluta falta de condições financeiras.
Todos sabemos que a causa da desgraça do governo do Estado do Rio Grande do Sul resume-se à uma fórmula simples e mortal: a falta de gestão, de pessoas e materiais. Também sei disso por experiência própria. A gestão econômica do Rio Grande do Sul é um descalabro, com desperdício extraordinário de recursos.
Quando trabalhei no Estado me convenci de que se alguém desviar uma determinada importância em dinheiro e for pego, sofre uma investigação administrativa e, se confirmada a responsabilidade, é indiciado em processo penal. Se provocar a mesma perda por má gestão, nada lhe acontece. Ao contrário, pode receber um elogio e promoção.
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