sábado, 6 de julho de 2013

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MAIS DO MESMO
       
        
       As notícias sobre as mordomias aéreas noticiadas recentemente, me deram a seguinte certeza:

        Esse governo não quer mudar nada. E é lógico. Toda a mudança retira privilégios dos poderosos que nos governam. Lembro-me da máxima romana: “é necessário que as coisas mudem para tudo continuar na mesma”.

        Alguém pediu reforma política nas ruas? Ninguém. A presidenta, primeiro surpresa (porque não tinha sido avisada dos movimentos populares pela ABIN, mais um órgão desnecessário, por ineficiente) e depois contrariada, pensou, pensou e depois veio com a genial ideia de uma constituinte exclusiva e parcial para a uma reforma política. Depois de ser bombardeada por juristas, retirou a proposta. Agora quer um plebiscito.

        Para que o plebiscito? Para reforma política. Ou seja, o executivo empurra a bomba para o legislativo, considerando que a essência da “reforma política” dos sonhos do executivo é mexer no podre legislativo, mantendo e executivo como está,

        Voltando às manifestações, ninguém pediu reforma política, o tema básico que se viu nas ruas é a recuperação da moralidade de nossos representantes.

Mas e o executivo? E o inchaço da máquina pública, a falta de vergonha de 39 ministérios para abrigar todas as agremiações políticas de aluguel, as mazelas de nossa saúde, segurança, mobilidade urbana, quem é o responsável por elas?

E o judiciário, indolente, com férias de 60 dias e recesso, com juízes, desembargadores e ministros sem obrigação de dar satisfação de seus atos, tendo como único castigo a aposentadoria integral compulsória?

        Ora, nossa maquiavélica presidenta empurra o problema para o legislativo. Ela sabe, no legislativo, para onde irá a reforma política. Para lugar nenhum. Pedir ao legislativo que faça reforma política é o mesmo que confiar o galinheiro à raposa.

        Essa reforma nunca acontecerá. Primeiro se instaura a discussão se é melhor plebiscito ou referendo, depois se discute o sexo dos anjos e, em 2050 o pobre povo brasileiro ainda estará esperando resposta do governo.

        Mas o que o povo quer é, simplesmente, que aja vergonha na cara de nossos governantes e que se roube um pouco menos neste pobre país.

        

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